Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, juntamente com outros oito réus condenados por corrupção, terá que arcar com uma multa que representa cerca de R$ 3 bilhões, segundo veredito emitido recentemente por um tribunal argentino.
Kirchner foi sentenciada a seis anos de prisão e está proibida de exercer cargos públicos em razão de má gestão nas obras rodoviárias durante seu mandato. Desde junho, cumpre pena em regime domiciliar após a Suprema Corte argentina ratificar a condenação.
Após perícia judicial avaliar o dano financeiro ao tesouro público, o tribunal estipulou que Cristina Kirchner e os demais responsáveis paguem um total de 684,9 bilhões de pesos argentinos, valor aproximado a R$ 3 bilhões.
A sentença não detalha o montante devido por cada um dos condenados. Além de Kirchner, figuram na condenação o empresário Lázaro Báez e os ex-funcionários José López, Nelson Periotti, Mauricio Collareda, Raúl Daruich, Juan Carlos Villafañe, Raúl Pavesi e José Santibáñez.
O presidente do tribunal, Jorge Gorini, e o juiz Rodrigo Gimenez Uriburu informaram que o montante deverá ser depositado em uma conta indicada pelo tribunal no prazo máximo de 10 dias úteis, prazo que será encerrado em 13 de agosto devido ao recesso judicial. Caso não ocorra o pagamento voluntário, a Justiça procederá ao bloqueio de bens e valores pertencentes aos condenados.
Em 2023, Cristina Kirchner declarou um patrimônio aproximado de 250 milhões de pesos, equivalente a cerca de R$ 1,1 milhão. Entretanto, a imprensa argentina relata que a ex-presidente possui várias propriedades imobiliárias, as quais teriam sido transferidas aos seus filhos há alguns anos.
A defesa de Cristina Kirchner ainda não se pronunciou sobre a possibilidade de apresentar recurso contra a decisão.