O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, manifestou disposição para conversar e negociar com o governo dos Estados Unidos, porém negou qualquer plano de abrir mão do arsenal nuclear do país. A fala ocorreu durante a 14ª Assembleia Popular Suprema, no domingo (21/9).
Em seu discurso, Kim recordou de forma positiva o presidente dos EUA, Donald Trump, com quem se encontrou em 2018; por isso, declarou estar aberto a negociações com Washington, desde que respeite seus termos.
“Se os Estados Unidos abandonarem sua infundada obsessão pela desnuclearização da Coreia do Norte, reconhecerem os fatos e quiserem uma convivência pacífica verdadeira conosco, não há razão para conflito”, afirmou Kim.
Apesar do sinal positivo, o líder norte-coreano criticou os EUA por desestabilizar a segurança na península coreana, tanto pelas alianças com Coreia do Sul e Japão, quanto pelos exercícios militares realizados na região.
Kim Jong-un defendeu que o arsenal nuclear da Coreia do Norte é uma “decisão indispensável e inevitável” para assegurar a sobrevivência do país.
Desde que retornou à Casa Branca em janeiro deste ano, Donald Trump tem afirmado o interesse em dialogar com a Coreia do Norte, assim como tratar sobre a redução de armas nucleares globalmente.