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quarta-feira, 27/08/2025

Kiev confirma avanço russo em nova região da Ucrânia

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A Ucrânia reconheceu nesta terça-feira (26/8) que soldados russos entraram na região de Dnipropetrovsk, localizada no centro-leste do país, uma área que até então não havia sido palco de combates intensos. Em julho, a Rússia já havia declarado progressos militares nessa localidade.

O porta-voz do exército ucraniano para essa região, Viktor Tregoubov, confirmou a entrada das tropas russas em Dnipropetrovsk e informou que confrontos estão ocorrendo, em declarações feitas à agência de notícias francesa AFP. Até então, o governo da Ucrânia negava qualquer avanço das forças russas nesse território.

A Rússia havia anunciado em julho que seus militares haviam feito avanços na região, que não está entre as cinco áreas que o Kremlin declarou serem parte do território russo. Desde então, afirmou ter capturado algumas pequenas localidades.

O comando militar ucraniano em Dnipro, responsável pela zona de combate, declarou ter conseguido conter o avanço dos invasores russos logo após a entrada destas tropas na região vindo de Donetsk.

As forças ucranianas rejeitaram as alegações de que os russos tenham tomado completamente os povoados de Zaporizke e Novogeorgiivka. Apesar disso, o portal de cartografia militar DeepState, próximo ao exército ucraniano, informou que os locais estavam sob controle russo.

A região de Dnipropetrovsk, que faz fronteira com as áreas de Donetsk, Kherson e Zaporijia – todas reivindicadas pela Rússia –, sofre ataques frequentes a partir de drones e mísseis russos.

Os militares russos avançam lentamente mas de forma constante, enfrentando batalhas severas por áreas majoritariamente destruídas no leste e sul da Ucrânia, com pouca população e poucos edifícios intactos.

Dnipropetrovsk não é uma das cinco regiões ucranianas que o governo russo declarou como parte do seu território: Donetsk, Kherson, Lugansk, Zaporíjia e Crimeia.

O reconhecimento pelo governo ucraniano de perda territorial nessa região ocorre em um momento em que as negociações de paz permanecem paralisadas.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, ocupa atualmente cerca de 20% do território ucraniano e intensificou suas operações militares no leste do país nos últimos meses. Após a invasão, Moscou declarou a incorporação das regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson além da anexação da Crimeia em 2014, medida que não é reconhecida pela comunidade internacional.

Esses avanços aconteceram quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deseja encerrar o conflito o quanto antes, anunciou planos para organizar uma reunião entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky. Entretanto, o Kremlin descartou um encontro imediato e condicionou o fim das hostilidades à retirada da Ucrânia de certas áreas ainda controladas parcialmente.

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