Aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, utilizou as redes sociais para justificar a postura do país após os recentes confrontos militares que envolveram Israel e os Estados Unidos. Em uma mensagem publicada no X (anteriormente Twitter), Khamenei ressaltou que o Irã não iniciou os conflitos, apenas reagiu em defesa própria.
Ele escreveu: “Não atacamos ninguém e sob nenhuma circunstância aceitamos agressão de outrem, nem nos submeteremos a ela; esta é a postura da nação iraniana.”
A declaração ocorreu poucas horas após uma série de bombardeios israelenses contra alvos militares iranianos, incluindo o complexo militar de Parchin, situado a sudeste de Teerã, segundo a mídia estatal iraniana, Nour News. Além disso, o sistema de defesa aérea do Irã foi ativado para interceptar supostos alvos hostis sobre a capital e a cidade de Karaj, a noroeste de Teerã.
Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (IDF) admitiram as ofensivas que atingiram diversas instalações militares no território iraniano, entre elas satélites, radares e depósitos de mísseis em Kermanshah e Hamedan, no oeste, além de um lançador de mísseis na capital.
Segundo comunicado das IDF, a intenção é diminuir a capacidade militar do regime iraniano e garantir superioridade aérea para proteger o Estado de Israel.
Reagindo aos ataques, o Irã lançou uma ofensiva contra bases americanas em Al Udeid, no Catar, e no Iraque, numa operação chamada “Anunciação da Vitória”, marcada como a primeira ação militar direta contra os Estados Unidos desde os ataques anteriores de Washington, com apoio israelense, às instalações nucleares iranianas.
No sábado, 21 de junho, os Estados Unidos bombardearam instalações estratégicas iranianas nas cidades de Fordow, Natanz e Isfahan, consideradas essenciais para o programa nuclear do país. O presidente Donald Trump afirmou que os alvos foram completamente destruídos em uma ação de alta precisão.
O governo iraniano classificou esses ataques como uma grave violação do direito internacional e, desde então, vem tomando medidas de retaliação, incluindo o ataque à base no Catar.