Aiatolá Ali Khamenei, líder máximo do Irã, declarou em um pronunciamento televisionado na quarta-feira (18/6) que o país se manterá firme tanto contra uma guerra quanto contra uma paz impostas por outras nações.
Ele alertou que qualquer ação militar dos Estados Unidos resultará em consequências sérias e irreversíveis para os americanos.
Esse posicionamento é uma resposta direta às declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que na terça-feira (17/6) exigiu a rendição total do Irã, mencionando que sua paciência com Khamenei está chegando ao limite, mas que o líder iraniano não será morto, pelo menos por enquanto.
Segundo a agência estatal Tasnim, Khamenei iniciou seu discurso elogiando a determinação do povo iraniano e ressaltou que a nação continuará resistindo firmemente à guerra imposta.
Contra-ataque israelense
Após uma série de ameaças, Israel realizou um ataque preventivo focado no programa nuclear iraniano, com o objetivo declarado de impedir que o Irã desenvolva uma arma nuclear.
Em resposta, o Irã utilizou drones e mísseis contra alvos israelenses.
No sábado (14/6), o premiê israelense Benjamin Netanyahu afirmou que os ataques continuarão, prometendo atingir todas as bases iranianas envolvidas.
Khamenei ressaltou que aqueles que entendem a história e o povo do Irã nunca utilizam ameaças contra esta nação, pois o país não se renderá.
Ele reiterou que qualquer intervenção militar dos EUA causará danos sem precedentes.
Resistência iraniana
Khamenei destacou a coragem e firmeza do povo iraniano frente aos ataques israelenses, afirmando que o país permanecerá resistente tanto contra guerras quanto contra imposições de paz, recusando-se a ceder a qualquer tipo de pressão.
Pressões internacionais
Sem perspectivas de negociação, o aiatolá tem sido alvo de ameaças tanto de Israel quanto dos Estados Unidos.
Na terça-feira, Donald Trump exigiu a rendição total do Irã, assegurando que a vida do líder supremo está segura, ao menos momentaneamente.
Entretanto, Israel tem solicitado maior envolvimento dos EUA, pedindo que tropas americanas participem das operações militares contra o Irã.