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sábado, 13/12/2025

Kassab deseja sorte a Flávio, mas aposta em Tarcísio ou nome do PSD

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Apesar do lançamento do senador Flávio Bolsonaro (PL) como representante do Partido Liberal para 2026, o secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, Gilberto Kassab, afirma que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-PB) continua sendo a melhor escolha para o Brasil na corrida presidencial.

Kassab, que também lidera o PSD, desejou sucesso ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas ressaltou que a sigla pretende lançar um nome próprio nas próximas eleições presidenciais. “Eu ainda entendo que o Tarcísio é o melhor candidato para o Brasil. Isso se ele decidir concorrer, pois o cenário político ainda está se definindo. Caso ele seja candidato, o PSD apoiará sua candidatura”, disse.

O secretário paulista é um grande defensor da candidatura do Tarcísio e, até pouco tempo atrás, contava com o apoio do Jair Bolsonaro para fortalecer o projeto. Contudo, a situação mudou após o anúncio de Flávio Bolsonaro de que foi escolhido pelo pai para representar o clã nas eleições, revelando divisões internas na direita e falta de unanimidade entre os aliados.

De acordo com Kassab, caso o Tarcísio decida não concorrer, o PSD pretende apresentar um candidato interno: o governador do Paraná, Ratinho Jr., ou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Ambos são membros do partido liderado por Kassab, ao contrário do Tarcísio.

“Desejo boa sorte ao Flávio, que ele faça uma boa campanha. Todavia, o PSD sempre teve sua posição clara: o apoio ao Tarcísio, caso seja candidato. Se não for, temos dois pré-candidatos dentro do partido, dois governadores experientes e bem avaliados, que serão nossa escolha: Ratinho Jr. ou Eduardo Leite“, finalizou.

Apesar de defender a participação do PSD na disputa presidencial, Kassab destaca que “nada impede” que o partido apoie Flávio Bolsonaro em um possível segundo turno. “Acredito que o centro e a direita irão se unir no segundo turno”, concluiu.

As declarações foram dadas durante um evento do Todos Pela Educação, dedicado a debater os desafios e caminhos para uma educação de qualidade no Brasil, que reuniu diversas personalidades políticas do país.

Sobre a tramitação do PL da Dosimetria, que pode favorecer o ex-presidente Bolsonaro e outros condenados pelo 8 de Janeiro, e que foi aprovado pela Câmara recentemente, Kassab evitou se posicionar diretamente. Disse ser uma pessoa conciliadora e que acredita que o projeto pode ser positivo para o país.

“Se eu fosse parlamentar, votaria a favor, compreendo quem não concorda, mas meu voto seria favorável”, destacou.

O PL da Dosimetria, visto como uma aposta da direita para conseguir uma anistia para os envolvidos no 8 de Janeiro, foi inicialmente percebido como uma possível barganha para retirar a candidatura de Flávio. Essa movimentação gerou desconfiança até mesmo entre aliados, e o senador voltou atrás, afirmando que sua participação nas urnas em 2026 é definitiva.

Logo após essas declarações, o presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou que colocaria o projeto em pauta esta semana, o que levou à sua aprovação na madrugada de quarta-feira (10/12). Porém, Motta declarou em entrevista que a decisão de pautar o PL da Dosimetria não foi influenciada por pressões externas.

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