A administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conseguiu reverter na Justiça, nesta segunda-feira (20/10), uma proibição que impedida o envio de tropas federais para a cidade de Portland, no estado de Oregon.
A ordem de Trump para o envio das tropas foi inicialmente bloqueada no dia 4 de outubro. Portland tem sido cenário de vários protestos contra a polícia imigratória dos EUA, o ICE.
A decisão tomada nesta segunda veio do Tribunal do Nono Circuito, composto por juízes de apelação. O colegiado avaliou a situação após um recurso apresentado pela administração Trumpista. O promotor de Oregon, Dan Rayfield, afirmou que optou por não responsabilizar o presidente pela medida.
Rayfield declarou em comunicado que seu gabinete está pedindo ao Nono Circuito que anule a decisão de hoje para evitar manifestações ilegais. Ele também ressaltou o compromisso de continuar defendendo as leis e valores do Oregon, independente das circunstâncias.
Contexto do caso
O impasse para o envio de 200 membros da Guarda Nacional começou no final de setembro. Em 27 de setembro, Trump anunciou em sua rede social, Truth Social, que enviaria agentes federais para Portland.
Ele justificou a medida afirmando que a cidade estava sob forte conflito, chamando a situação de “arrasada pela guerra”. A região tem vivido diversas manifestações contra a atuação da ICE, que trabalha na deportação de imigrantes em situação irregular.
Trump escreveu em setembro que estava ordenando ao secretário de Guerra, Pete Hegseth, para disponibilizar todas as tropas necessárias para proteger Portland e as instalações do ICE contra ataques de grupos como a Antifa e outros considerados terroristas nacionais.
Porém, em 4 de outubro, a juíza distrital dos EUA, Karin Immergut, suspendeu temporariamente o envio das tropas, afirmando que os protestos na cidade não configuravam uma ameaça relevante à segurança nacional. Essa suspensão foi a decisão que acabou sendo revogada pelo tribunal de apelação nesta segunda.