Francisco Lima Neto
São Paulo, SP (FolhaPress)
A Justiça Eleitoral de Campinas rejeitou o pedido que buscava a cassação do prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), e de seu vice, Walnderley de Almeida, conhecido como Wandão (PSB), devido a suspeitas de abuso de poder político e econômico durante a campanha eleitoral de 2024. O processo solicitava ainda a inelegibilidade dos envolvidos por um período de oito anos.
As acusações foram apresentadas pela coligação do candidato Rafa Zimbaldi (Cidadania), cabendo recurso contra a decisão.
Segundo a denúncia, a chapa de Dário teria cometido abuso político e econômico, incluindo a gravação de vídeos em locais públicos para as redes sociais do então candidato, além da visita a uma empresa por intermédio de um vereador.
Em setembro do ano passado, Dário gravou um vídeo no Centro Dia do Idoso, equipamento municipal, mostrando interação com funcionários e frequentadores do local, o que foi citado na denúncia.
O juiz Luiz Antônio Alves Torrano, responsável pela decisão, declarou que as acusações não apresentaram evidências suficientes que configurassem ilegalidade.
Vale destacar que a gravação de vídeos em locais públicos já havia sido alvo de outra denúncia feita pelo PT, julgada pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que decidiu a favor do prefeito.
Na sentença, o magistrado ressaltou a insuficiência das provas para justificar a cassação ou inelegibilidade de Dário e sua coligação.
O advogado Marcelo Pellegrini, responsável pela defesa da campanha, afirmou: “A Justiça de Campinas tomou a decisão adequada, especialmente considerando o entendimento do TSE em outra ação movida pelo PT, que pedia a cassação de Dário pelos mesmos motivos apresentados no recurso de Rafa Zimbaldi“.
O prefeito expressou satisfação com a decisão: “O questionamento judicial faz parte do processo democrático, mas aqui em Campinas não será aceito nenhum atropelo. Fui eleito pela vontade da maioria da população e essa escolha está sendo respeitada. Estou feliz em ver, mais uma vez, que a justiça prevaleceu, comprovando que não houve irregularidades na minha campanha”.