JOSÉ MARQUES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)
A juíza Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master.
Os advogados buscavam cancelar a prisão preventiva do empresário, argumentando que ele nunca tentou fugir ou se esconder das autoridades.
Agora, esse pedido será avaliado em julgamento coletivo no tribunal.
Daniel Vorcaro já teve sua prisão confirmada após uma audiência de custódia realizada na terça-feira (18). Ele foi detido pela Polícia Federal na noite de segunda-feira (17), em São Paulo, quando se preparava para embarcar em um voo para fora do país.
A defesa alegou que não houve tentativas de esconder dinheiro ou desfazer bens e que o bloqueio já determinado pela Justiça impede esse risco.
Os advogados também afirmam que a prisão foi uma situação injusta e que a decisão que a determinou apresenta vários pontos frágeis.
Além disso, disseram não existir provas de que Vorcaro atrapalharia as investigações ou cometesse novos crimes, especialmente porque ele foi afastado de suas funções.
Por outro lado, a juíza entendeu que manter a prisão é importante para não prejudicar as investigações.
O juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, afirmou que Vorcaro liderava um esquema que envolvia carteiras falsas, com empresas fantasmas controladas pelo banco que ele presidia.
De acordo com a decisão, não há dúvidas sobre a liderança de Daniel Vorcaro no esquema investigado.
O magistrado destacou que Vorcaro comandava essas ações ilícitas desde o começo e, ao lado de seu ex-sócio Augusto Lima, também preso, eram os responsáveis pelas decisões do banco e pelas relações externas, especialmente com o BRB.
Vorcaro foi preso pela Polícia Federal em São Paulo enquanto tentava embarcar para o exterior.
