A 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) decidiu na terça-feira (8) que o ex-secretário da Polícia Civil, Alan Turnowski, deve retornar à prisão. A maioria dos desembargadores da turma reverteu a decisão provisória feita no mês anterior que havia permitido sua liberdade.
Em uma decisão individual, no dia 18 de junho, o desembargador Marcius da Costa Ferreira determinou a soltura de Turnowski. Ele destacou a colaboração do ex-secretário e afirmou que não houve nenhuma indicação nos autos de que ele tentaria atrapalhar as investigações.
O desembargador também observou que os crimes atribuídos a Turnowski, apesar de graves e possivelmente relacionados a outras infrações diferentes, foram cometidos sem violência ou ameaças sérias a alguém.
Turnowski estava preso desde 6 de maio de 2025, após decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que confirmou sua prisão preventiva.
Réu
Em 25 de novembro de 2022, a Justiça do Rio aceitou denúncia do Ministério Público estadual contra o ex-secretário da Polícia Civil Allan Turnowski, que passou a ser réu por tentar atrapalhar o Judiciário. Ele é acusado de obstruir investigações contra uma organização criminosa que atuava em Petrópolis, na região serrana do Rio, e exigia propinas de comerciantes locais.
Conforme o Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio, o esquema era liderado pelo delegado Maurício Demétrio Alves, ex-chefe da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial. Ele também está preso preventivamente à disposição da Justiça.
Turnowski foi detido em casa no dia 9 de setembro de 2022, e teve prisão preventiva decretada pela Justiça. Na época, ele havia se afastado do cargo para tentar uma vaga de deputado federal pelo Rio de Janeiro, mas não conseguiu se eleger. As informações são da Agência Brasil.