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terça-feira, 23/12/2025

Justiça dos EUA nega autenticidade de carta falsa ligada a Epstein e Trump

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos declarou nesta terça-feira (23/12) que a carta manuscrita atribuída a Jeffrey Epstein e enviada ao ex-médico Larry Nassar é falsa. A correspondência foi divulgada como parte de uma nova série dos chamados “Arquivos Epstein”.

De acordo com a investigação oficial, a caligrafia presente na carta não corresponde à de Epstein, além de outros elementos que colocaram em dúvida a veracidade do documento. Poucas horas após a exposição pública, o material foi retirado da lista de documentos disponibilizados.

O órgão ressaltou que apenas o fato de um documento ser divulgado pelo Departamento não garante que as alegações contidas nele sejam verdadeiras.

A carta, assinada como “J. Epstein”, não menciona diretamente Donald Trump, mas faz referência a “nosso presidente”. O suposto envio teria ocorrido em agosto de 2019, mês em que Epstein faleceu em uma prisão em Nova York, período em que Trump ocupava a presidência.

Contexto do Caso

Larry Nassar, destinatário da carta, foi médico da seleção feminina de ginástica artística dos EUA e condenado por abuso sexual contra mais de 265 atletas ao longo de duas décadas. Atualmente, cumpre pena de até 140 anos em penitenciária na Pensilvânia.

Jeffrey Epstein, bilionário conhecido por suas conexões com políticos e celebridades, foi condenado por crimes sexuais envolvendo menores e por manter uma rede de exploração sexual. Ele foi encontrado morto em 2019, em um caso oficialmente considerado suicídio.

Recentemente, o Departamento de Justiça liberou mais de 30 mil documentos relacionados às investigações sobre Epstein, incluindo fotos, áudios, registros do FBI e vídeos de vigilância, após críticas por atrasos e censuras.

Segundo reportagens internacionais que tiveram acesso ao material antes da retirada, o texto continha linguagem ofensiva e insinuações envolvendo Trump. O Departamento declarou que existem alegações sensacionalistas e infundadas nos documentos e não especificou quais trechos seriam verídicos ou fabricados.

Epstein teria mencionado que o republicano compartilhava do interesse por “garotas jovens e nuas”.

O órgão também revelou que parte dos arquivos foi temporariamente removida para proteger a privacidade das vítimas, censurando informações que poderiam expor pessoas indevidamente.

Outro trecho do comunicado oficial afirma que essas acusações não têm fundamento e que, se fossem autênticas, provavelmente já teriam sido usadas contra o ex-presidente Trump.

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