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quarta-feira, 10/12/2025

Justiça dos eua exige divulgação das transcrições do caso Epstein

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A Justiça dos Estados Unidos ordenou nesta quarta-feira (10/12) que as transcrições confidenciais do júri referentes ao caso de tráfico sexual do bilionário Jeffrey Epstein, de 2019, sejam tornadas públicas.

A determinação feita pelo juiz federal Richard M. Berman, em Manhattan, sucede a aprovação da recente lei intitulada Lei de Transparência dos Arquivos Epstein, impondo ao governo o dever de liberar documentos relacionados ao caso até o dia 19 de dezembro.

A decisão segue um precedente em que o juiz Paul Engelmayer, também em Nova York, permitiu a divulgação dos documentos judiciais do processo contra Ghislaine Maxwell – antiga companheira de Epstein e condenada por tráfico sexual – e ocorre uma semana após um magistrado na Flórida liberar materiais provenientes de uma investigação federal encerada nos anos 2000.

Em sua nova sentença, Berman reviu sua posição anterior que considerava os aproximadamente 70 documentos divulgados como pouco informativos, classificando-os anteriormente como meramente boatos. Agora, ele ressalta que a lei promulgada pelo Congresso exige a liberação desses arquivos, respeitando as redações necessárias para proteger a privacidade das vítimas. Ele afirmou: “A segurança e a privacidade das vítimas são prioridades máximas.”

As transcrições englobam depoimentos de agentes do FBI e de um detetive da polícia de Nova York que participaram dos grandes júris nos processos contra Epstein e Maxwell. Parte dos relatos já havia sido divulgada durante o julgamento de Maxwell, segundo os promotores.

Jeffrey Epstein foi formalmente acusado em 2019 por um grande júri em ações relacionadas a tráfico sexual. Um mês depois, ele foi encontrado morto em sua cela no Centro Correcional Metropolitano de Nova York, em um caso considerado suicídio.

No começo de dezembro, membros do partido democrata da Comissão de Supervisão da Câmara apresentaram imagens inéditas da mansão de Epstein, localizada em uma ilha particular no Caribe. As imagens mostraram quartos e banheiros em perfeito estado, um ambiente com cadeira semelhante à utilizada por dentistas, máscaras de parede e um telefone fixo com botões rotulados com nomes como “Darren”, “Rich”, “Mike”, “Patrick” e “Larry”. Um dos registros evidencia um quadro-negro com palavras escritas como “poder”, “engano”, “conspirações” e “político”.

Essa divulgação ocorreu poucos dias após o ex-presidente Donald Trump sancionar uma lei exigindo que o Departamento de Justiça libere uma série de documentos federais relacionados a Epstein. A lei, aprovada com amplo apoio bipartidário, determina a liberação em até 30 dias de registros bancários, depoimentos e outros materiais não sigilosos acumulados durante mais de dez anos de investigação.

Entretanto, alguns legisladores duvidam que o prazo será cumprido, pois uma nova investigação iniciada pelo próprio governo pode causar atrasos ou justificativas para a omissão de partes dos documentos, alegando proteção às vítimas ou interferência na investigação em curso.

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