O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu neste sábado (4/10) libertar o médico Iram de Almeida Saraiva Júnior, de 38 anos, que estava preso desde quarta-feira (1º) sob suspeita de ter abusado de uma criança de 3 anos.
A decisão provisória foi tomada pela desembargadora Gizelda Leitão Teixeira, que ressaltou a falta de evidências sólidas que comprovem o crime e a ausência de indícios suficientes de autoria até o momento, resultando na revogação da prisão.
Iram, que já exerceu mandatos como deputado estadual em Goiás e vereador em Goiânia, trabalhava como médico em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A prisão foi efetuada pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) em um imóvel na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital.
A solicitação da prisão preventiva foi feita pelo Ministério Público do Rio após seis meses de investigação, que incluíram entrevistas especiais com a vítima e coleta de materiais. Durante a operação, foi apreendido o celular do médico.
Na defesa, a equipe jurídica comemorou a decisão, afirmando que o médico é alvo de uma “grave acusação falsa”. Os advogados consideraram essa decisão uma “vitória dos princípios constitucionais da presunção de inocência e da dignidade humana”, e expressaram confiança de que a inocência de Iram será confirmada ao longo do processo.
Mesmo com a liberdade concedida, o médico continua sendo investigado. Além da suspeita de abuso sexual de vulnerável, ele responde a acusações de injúria e perseguição contra a ex-esposa. O caso, conduzido pela 16ª Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca, foi retornado pelo Ministério Público para a realização de novas diligências.