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quinta-feira, 26/06/2025




Justiça da Itália pune chefes de empresa por contaminação química da água

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Um tribunal na Itália condenou nesta quinta-feira (26) 11 diretores de uma empresa química por despejarem substâncias chamadas PFAS, conhecidas como “químicos eternos”, na água consumida por milhares de pessoas.

As maiores penas, de 17 anos, foram aplicadas a dois líderes da empresa Miteni, situada em Trissino, perto de Vicenza (nordeste), que fabricava PFAS desde 1968.

Segundo a promotoria, a fábrica lançou resíduos químicos em um riacho, poluindo por mais de quatro décadas uma das maiores reservas subterrâneas de água da Europa, abrangendo uma extensa área entre Vicenza, Verona e Pádua.

Os PFAS (substâncias perfluoroalquil e polifluoroalquil) são utilizados desde a década de 1940 para tornar várias superfícies impermeáveis e antiaderentes, desde panelas a guarda-chuvas e tapetes.

Diversas empresas gerenciaram a fábrica de Trissino, que fechou em 2018 após declarar falência.

No total, 15 executivos das empresas Mitsubishi, International Chemical Investors (ICIG) e Miteni foram acusados de contaminar quase 200 km² de água potável e solo na região.

O tribunal excedeu as demandas da promotoria e condenou 11 pessoas a mais de 141 anos de prisão somados, com sentenças entre dois anos e oito meses a 17 anos. Quatro acusados foram absolvidos.

Mais de 300 vítimas se apresentaram como partes civis, incluindo o Greenpeace e um grupo de mães que encontrou vestígios dessas substâncias químicas no sangue de seus filhos.

Os chamados “químicos eternos” são quase indestrutíveis, acumulando-se no ar, solo e água, causando riscos à fertilidade e podendo aumentar o risco de câncer em casos de exposição contínua.




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