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quarta-feira, 10/12/2025

Juros no Brasil e EUA: o que esperar das decisões desta quarta

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Em Brasília

O Banco Central (BC) do Brasil e o Federal Reserve (FED), a autoridade monetária dos Estados Unidos, decidirão nesta quarta-feira (10/12) os níveis das taxas de juros de seus respectivos países. Atualmente, a taxa está em 15% ao ano no Brasil e varia entre 3,75% e 4% ao ano nos EUA.

O mercado financeiro prevê que o FED deve continuar o ciclo de cortes nas taxas de juros americanas. Já no Brasil, espera-se que a taxa Selic se mantenha no patamar atual pelo menos até o início de 2026.

Especialistas comentam que a redução de 0,25% nos juros dos EUA já está refletida nas expectativas, embora o comitê possa se mostrar dividido.

“Isso se deve principalmente ao mercado de trabalho, que tem sido o fator principal para o corte dos juros, já que a inflação permanece bastante resistente nos EUA, o que poderia levar a um movimento contrário. No entanto, o FED demonstra uma preocupação maior com o mercado de trabalho”, explica Bruna Centeno, economista da Blue3 Investimentos.

Cenário no Brasil

Para o Brasil, o mercado espera que a taxa Selic permaneça em 15%. O Banco Central tem adotado uma postura cautelosa em sua política monetária, com o compromisso de levar a inflação para a meta de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Em seu último comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir os juros, antecipou a manutenção da taxa, buscando avaliar os impactos acumulados do ajuste já realizado e se o nível atual é suficiente para garantir que a inflação retorne à meta.

O economista-chefe do Banco Daycoval, Rafael Cardoso, afirma que o comitê deve defender a necessidade de juros elevados. “Essa posição também busca evitar que o mercado interprete um início precoce do ciclo de cortes, que provavelmente começará mais adiante”, destaca.

Entendendo os juros no Brasil

  • A taxa Selic é o principal instrumento para controlar a inflação;
  • O Copom decide se mantém, reduz ou aumenta a taxa Selic para controlar a alta dos preços;
  • Quando os juros sobem, o consumo e os investimentos tendem a diminuir;
  • Com isso, o crédito fica mais caro e a atividade econômica desacelera, levando a queda de preços;
  • Recentes projeções indicam que o mercado não espera que a taxa caia para abaixo de dois dígitos durante o governo Lula e o mandato do presidente do BC, Gabriel Galípolo;
  • A próxima reunião do Copom está marcada para 27 e 28 de dezembro.

Diretores do Banco Central

Os mandatos dos diretores Renato Dias de Brito Gomes, da Organização do Sistema Financeiro, e Diogo Abry Guillen, da Política Econômica, encerram em 31 de dezembro. Espera-se que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indique substitutos, completando o comitê com indicações próprias.

Contudo, de acordo com fontes, a aprovação dos novos nomes no Senado não deve ocorrer ainda este ano, pois precisam passar por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Os integrantes atuais do Banco Central indicados pelo presidente são:

  • Gabriel Galípolo – presidente do Banco Central;
  • Ailton Aquino – diretor de Fiscalização;
  • Gilneu Vivan – diretor de Regulação;
  • Izabela Moreira Correa – diretora de Cidadania e Supervisão de Conduta;
  • Nilton David – diretor de Política Monetária;
  • Paulo Picchetti – diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos;
  • Rodrigo Alves Teixeira – diretor de Administração.

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