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sábado, 30/08/2025

Juros médios permanecem estáveis em junho

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As taxas de juros médias não mudaram em junho deste ano. No geral, considerando todos os tipos de empréstimos – para pessoas e empresas – a taxa ficou em 31,5% ao ano, com uma pequena queda de 0,1 ponto percentual. Embora assim, as taxas estão bastante altas, tendo subido 3,6 pontos percentuais nos últimos 12 meses, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (28).

Este aumento acompanha a alta da taxa básica de juros, a Selic, que está em 15% ao ano, conforme definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. A Selic é usada pelo BC para controlar a inflação.

O Banco Central explica que a elevação dos juros serve para reduzir gastos e conter a inflação, pois juros mais altos tornam os empréstimos mais caros e incentivam as pessoas a economizar, gastando menos e ajudando a baixar os preços. O próximo encontro do Copom será nos dias 29 e 30 deste mês.

O “spread” bancário, que é a diferença entre o custo para os bancos capitar recursos e as taxas cobradas dos clientes, também ficou estável em junho, em 20,4, com um aumento de 1,8 pontos percentuais em 12 meses.

Crédito livre

Para famílias, as novas taxas de juros livres foram de 58,3% ao ano, sem mudanças em junho, e aumento de 5,7 pontos em um ano. Destacam-se o cheque especial, que subiu para 137,5% ao ano, e o crédito pessoal não consignado, que chegou a 108,6% ao ano.

Por outro lado, o juro do cartão de crédito rotativo caiu em junho, mas ainda é muito alto, chegando a 441,4% ao ano. Este tipo de crédito ocorre quando o consumidor paga menos que o total da fatura do cartão, gerando um empréstimo com altos juros.

Após 30 dias, as dívidas no cartão podem ser parceladas, com juros menores de 182,5% ao ano. Para empresas, a taxa média ficou em 24,3% ao ano, com leve aumento no mês e no ano.

Crédito direcionado

O crédito direcionado, que tem regras específicas e é usado para moradia, agricultura, infraestrutura e microcrédito, teve taxa média de 11,8% ao ano, com leve queda em junho e aumento no ano.

A taxa para pessoas físicas foi de 11,1% ao ano e para empresas 14,1% ao ano.

Saldos das operações

Em junho, o valor total dos empréstimos concedidos foi de R$ 636,9 bilhões. Houve queda de 3,1% nas operações ajustadas, com redução de 7,5% para empresas e aumento de 1,4% para famílias. Em 12 meses, os empréstimos cresceram 13,9% no total.

O estoque total de empréstimos no Sistema Financeiro Nacional chegou a R$ 6,685 trilhões, crescendo 0,5% em relação a maio, com aumentos para empresas e famílias.

O Banco Central indica uma desaceleração no crescimento dos saldos, que subiram 10,7% em 12 meses, menos que os 11,8% do mês anterior.

O crédito ampliado, que inclui outras fontes, chegou a R$ 19,302 trilhões, crescendo 0,9% em junho, principalmente devido ao aumento nos títulos públicos e de dívida securitizados.

Nos últimos 12 meses, o crédito ampliado cresceu 10,6%, com aumentos em diversos tipos de títulos e empréstimos.

Endividamento das famílias

Segundo o Banco Central, a inadimplência, que são atrasos superiores a 90 dias, manteve-se estável em 3,6% em junho. Para pessoas físicas, está em 4,3% e para empresas em 2,4%.

O endividamento das famílias, que é a relação entre total de dívidas e a renda acumulada em 12 meses, ficou em 49% em maio, com leve aumento. Excluindo o financiamento imobiliário, o endividamento é de 30,7%.

O comprometimento da renda, ou seja, quanto do rendimento médio é usado para pagar dívidas, ficou em 27,8% em maio, também com aumento leve.

Esses dados são divulgados com algum atraso pois utilizam informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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