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sábado, 27/12/2025

Juros altos reduzem consumo das famílias e freiam crescimento do PIB, diz Fazenda

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Em Brasília

Luany Galdeano e Mariana Brasil
FOLHAPRESS

O Ministério da Fazenda explicou que a leve queda no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre aconteceu porque as famílias estão consumindo menos, devido à política de juros altos adotada pelo Banco Central. Atualmente, a taxa de juros está em 15% ao ano, a maior desde 2006.

Comparando o segundo e o terceiro trimestre entre 2024 e 2025, o consumo das famílias caiu de um aumento de 1,8% para apenas 0,4%, segundo a Secretaria de Política Econômica (SPE). Essa mudança afetou o crescimento do PIB, que aumentou só 0,1%, um pouco menos do que o esperado pelo governo, que era 0,3%.

A SPE explicou que o consumo diminuiu principalmente devido à queda na compra de bens duráveis e não duráveis, assim como na utilização de serviços e produtos importados. Isso está ligado à desaceleração dos mercados de trabalho e crédito, que são efeitos atrasados das altas taxas de juros.

As altas taxas de juros têm causado descontentamento entre o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e membros do governo do presidente Lula.

Segundo o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto, “O presidente Lula, eu e muitos brasileiros não concordamos com a taxa Selic tão alta, e precisamos trabalhar para reduzi-la”.

As revisões recentes dos dados do PIB mostraram números melhores para o primeiro semestre, levando a uma expectativa de crescimento maior para 2025. No entanto, a tendência é que a economia desacelere no segundo semestre de 2025 e continue assim em 2026.

Apesar do impulso inicial no começo de 2025, causado pela safra recorde de grãos, os juros altos têm dificultado uma aceleração maior da economia, que se manteve quase estável no terceiro trimestre.

O resultado de 0,1% de crescimento ficou um pouco abaixo da média das projeções do mercado financeiro, que esperava 0,2%, segundo a agência Bloomberg.

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