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sábado, 28/06/2025




Juízes suspeitos de vender sentenças apagaram 7 mil mensagens no WhatsApp, diz PF

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São Paulo, 23 – A Polícia Federal investiga um grupo formado por juízes e advogados de Mato Grosso do Sul suspeitos de envolvimento na venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Estado. O grupo, chamado “Amigos”, criado em 2015, teve cerca de 6.986 mensagens apagadas, possivelmente para eliminar provas.

O advogado Fábio Castro Leandro, ex-procurador-geral de Campo Grande e filho do desembargador Paschoal Carmello Leandro, é apontado como controlador do grupo, acusação que ele nega veementemente, afirmando que o grupo tinha finalidades diversas e que não o criou.

Além dele, fazem parte do grupo o juiz afastado Paulo Afonso de Oliveira, o ex-juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior, sua esposa, a advogada Emmanuelle Alves Ferreira da Silva, e o desembargador aposentado Júlio Roberto Siqueira Cardoso, entre outros.

O juiz Paulo Afonso está afastado e responde a processo disciplinar diante de acusações que incluem sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Seu patrimônio, que inclui uma fazenda de mil hectares e um avião, levanta suspeitas pela incompatibilidade com seus rendimentos.

As mensagens do grupo indicam uma proximidade suspeita entre esses juízes e advogados, com o uso de grupos distintos no WhatsApp para ocultar conversas e evitar registro de mensagens.

A investigação revelou o esquema de desvio de R$ 5 milhões de um engenheiro aposentado do Rio de Janeiro, vítima de um estelionato judicial, que envolveu a advogada Emmanuelle Alves. Ela teria recebido e transferido grandes quantias para diversos destinatários, incluindo seu marido, o ex-juiz Aldo Ferreira.

A PF apreendeu diversos dispositivos eletrônicos e fez a análise do material recuperado, demonstrando a atuação conjunta entre os envolvidos para fraude e corrupção.

As autoridades continuam investigando o caso, que inclui desvios e lavagem de dinheiro através da manipulação do sistema judicial.




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