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quinta-feira, 28/08/2025

Juíza repreende empresário por morte de gari e destaca confusão no processo

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A juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, do Tribunal do Júri – 1º Sumariante da Comarca de Belo Horizonte (MG), exigiu que o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, acusado de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, defina de forma definitiva quem será seu advogado de defesa.

A decisão veio após repetidas mudanças no advogado do réu, com várias procurações e termos de revogação apresentados, situação que a magistrada considera um “tumulto processual”.

No despacho, a juíza determina que o acusado informe claramente quem será seu representante legal e que isso seja resolvido com urgência para que o caso possa seguir seu curso normalmente.

Contexto do caso

Em 25 de agosto, após trocar de advogado pela terceira vez, Renê enviou uma carta explicando a mudança, na qual também alegou que o crime foi um acidente.

Preso na Penitenciária de Caeté, região metropolitana de Belo Horizonte, ele declarou que houve um mal-entendido na contratação dos defensores.

O novo advogado nomeado foi o criminalista Bruno Rodrigues, indicando que o empresário revogou a procuração anterior dada a Dracon Cavalcanti Lima. Entretanto, durante uma visita ao presídio, Dracon afirmou que a retirada oficial de sua atuação não havia sido solicitada por Renê, levando à avaliação da possibilidade de reintegração de Dracon à defesa.

Detalhes do incidente e depoimento

Renê disse que acreditava que responderia apenas por porte ilegal de arma, já que a pistola pertencia à sua esposa, a delegada da Polícia Civil Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, e teria sido levada sem o conhecimento dela.

No trajeto para o trabalho, ele contou que se perdeu e entrou em um beco sem saída, momento em que retirou a arma da mochila e a posicionou sob a perna, chegando a manipulá-la.

O empresário informou que tinha começado recentemente um novo emprego em Betim e, por medo do caminho inseguro, levou a arma escondida na mochila, embora a esposa proibisse seu acesso a armas.

Ele ressaltou que a pistola usada não era a arma funcional da delegada, que fica guardada separadamente, e que durante o trajeto, após tentar recuperar uma munição perdida e sem perceber que havia ferido alguém, seguiu para o trabalho.

Renê ainda mencionou que estava muito ansioso e esqueceu de tomar sua medicação para bipolaridade naquele dia, medicamento que ajuda a estabilizar o humor.

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