Uma juíza de imigração dos Estados Unidos decidiu nesta segunda-feira (8/12) que a brasileira Bruna Carolina Ferreira deve ser libertada. Ela é mãe do sobrinho da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. Bruna estava detida desde 12 de novembro e precisará pagar uma fiança de US$ 1,5 mil (aproximadamente R$ 8,1 mil).
A expectativa é que Bruna seja liberada nesta terça-feira (9/12), após o pagamento da fiança ser processado pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE).
Bruna foi presa na cidade de Revere, Massachussets, por ter permanecido nos EUA 26 anos além do permitido pelo visto. Atualmente, ela está custodiada no Centro de Processamento do ICE em Luisiana, segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS).
De acordo com as autoridades, Bruna entrou nos EUA com visto de turista válido até junho de 1999 e já havia sido detida por agressão, embora o advogado dela negue essa acusação, afirmando que ela estava legalmente no país pelo programa DACA (Ação Diferida para Chegadas na Infância) e está em processo para obter o green card.
Todd Pormeleau, advogado de Bruna, declarou: “Bruna não possui antecedentes criminais. Não há provas contra ela. Não é criminosa nem imigrante ilegal, reputações assim são atribuídas indiscriminadamente a quem não é cidadão americano.”
O caso chamou atenção na mídia americana pela ligação de Bruna com Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca e figura pública do governo Trump. Bruna teve um relacionamento com Michael Levitt, irmão de Karoline, e juntos têm um filho, cuja madrinha é a porta-voz.
Segundo o jornal Washington Post, o advogado do governo Trump não se opôs à libertação, concordando que Bruna não representa risco para a sociedade nem é propensa a fugir.
Karoline Leavitt não se manifestou sobre o ocorrido.

