Um equívoco da Justiça maranhense resultou na detenção de Igor Santos Silva, 28 anos, por 24 horas no Distrito Federal devido a um delito cometido por seu irmão, em Imperatriz (MA), a aproximadamente 1.391 km de Brasília.
Carlos Eduardo Almeida Ferreira, irmão de Igor, é o verdadeiro autor do crime. No momento da prisão, Carlos forneceu um nome falso, afirmando ser Igor Santos. Durante o processo, o juiz constatou a falsidade da identidade apresentada, acrescentando a agravante de falsidade ideológica contra Carlos Eduardo. Apesar de corrigir o nome no processo, o juiz não removeu o nome de Igor do mandado de prisão, nem o revogou.
Nesta sexta-feira (10/10), a Polícia Federal prendeu Igor em seu local de trabalho, perante seus colegas, e o encaminhou à Divisão de Capturas e Polícia Interestadual da Polícia Civil do DF.
A advogada de Igor, Tatiane Evanis, informou que buscou contato com a 2ª Vara Criminal de Imperatriz para corrigir o erro, mas foi informada que não poderiam atuar imediatamente. Apenas após audiência de custódia, o juiz reconheceu o erro, revogando a prisão e retirando as algemas do jovem.
Contudo, Igor permaneceu detido até a tarde, devido a procedimentos burocráticos, sofrendo fome e cansaço extremo durante esse período. A advogada relatou que Igor chegou ao Distrito Federal aos 16 anos, acolhido por uma prima, já que sua família no Maranhão enfrenta dificuldades.
A Justiça do Maranhão foi procurada para esclarecimentos, mas ainda não se manifestou. O espaço permanece aberto para eventuais respostas.