10.5 C
Brasília
quarta-feira, 16/07/2025

Jovem descobre tumor cerebral após confundir sintomas com calor

Brasília
céu limpo
10.5 ° C
10.5 °
10.5 °
87 %
2.6kmh
0 %
qua
26 °
qui
27 °
sex
29 °
sáb
30 °
dom
28 °

Em Brasília

Os tumores no cérebro podem passar despercebidos por um tempo, pois frequentemente apresentam sintomas gerais como dores de cabeça, tontura e cansaço. Moli Morgan, de 22 anos, teve o primeiro sinal quando sofreu uma convulsão durante suas férias, mas inicialmente foi diagnosticada apenas com insolação.

“Senti apenas uma forte dor de cabeça, mas não imaginei nada de errado na época”, recorda a jovem fazendeira do País de Gales. Durante uma viagem com seu namorado Ollie Higgins, também de 22 anos, tudo parecia normal até a noite antes do voo de retorno, em outubro do ano passado.

Naquela noite, Moli teve duas convulsões em intervalos curtos. Os médicos do resort atribuíram os episódios ao calor intenso e desidratação. “Acreditei nisso, pois estava muito quente e eu não havia me hidratado o suficiente”, conta ela. Apesar do susto, voltou para casa no dia seguinte.

Diagnóstico do tumor cerebral

Já em casa, uma irmã enfermeira sugeriu que ela fosse ao hospital para uma avaliação cuidadosa. Foi então que detectaram um tumor cerebral de 4 cm, classificado como glioma, localizado no hemisfério esquerdo do cérebro, responsável pela linguagem.

“Não conseguia acreditar, não tive sintomas claros antes e me sentia bem. Foi assustador, pois a palavra ‘tumor’ assusta qualquer um”, relata Moli.

Ela ficou internada para controle das convulsões com medicamentos e foi encaminhada para cirurgia em outro hospital. O procedimento foi arriscado, pois o tumor estava próximo a áreas importantes, exigindo que permanecesse acordada para monitoramento.

Cirurgia e recuperação

A cirurgia, realizada em dezembro, contou com a presença de um intérprete para comunicar em galês, língua materna de Moli. Durante o procedimento, ela precisava repetir palavras para que os médicos evitassem causar danos à área da fala.

O processo durou quatro horas e resultou em cerca de 28 pontos na cabeça. Após alguns dias no hospital, seguiu com exames regulares para acompanhar a recuperação, que agora ocorrem a cada seis meses.

A médica responsável destacou a importância do intérprete para preservar as habilidades linguísticas da paciente. Em recuperação, Moli mantém o bom humor e a gratidão. Junto com a mãe, Carol, arrecadou quase R$ 2,6 mil em um evento natalino para ajudar o hospital.

“É muito gratificante voltar aqui para agradecer a todos. Temos lembranças boas e um resultado positivo”, comenta a mãe.

Veja Também