Um grupo de jornalistas realizou um protesto nesta quarta-feira (10) na Câmara dos Deputados para denunciar a censura e as agressões cometidas por policiais legislativos na tarde anterior.
Na terça-feira, durante a remoção forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da presidência da Câmara, a transmissão ao vivo feita pela TV Câmara foi interrompida e profissionais da imprensa foram retirados à força do plenário por policiais legislativos.
Imagens e relatos mostram que os policiais agiram de forma violenta contra repórteres, cinegrafistas e fotógrafos, que tentavam trabalhar. Alguns jornalistas tiveram que receber atendimento médico devido a agressões, incluindo empurrões, cotoveladas e puxões.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não participou de uma reunião com representantes da imprensa para discutir o incidente, enviando uma assessora em seu lugar.
A Associação Brasileira de Imprensa anunciou que tomará medidas legais contra o presidente da Câmara pelos atos cometidos pela Polícia Legislativa contra jornalistas, parlamentares e funcionários, além da violação à liberdade de imprensa.
A associação planeja apresentar uma representação na Procuradoria-Geral da República por crime de responsabilidade e violação dos direitos à expressão e à imprensa; uma denúncia à Relatoria Especial de Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA; e uma representação contra o presidente na Comissão de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar e infração disciplinar.
Após o ocorrido, Hugo Motta declarou em redes sociais que ordenou uma investigação para apurar possíveis excessos durante a cobertura da imprensa.
Informações: Agência Brasil

