Autoridades francesas estimam que o valor das joias subtraídas do Museu do Louvre, localizado em Paris, no passado domingo (20/10), seja de aproximadamente € 88 milhões, equivalente a cerca de R$ 550,2 milhões. O valor histórico dos objetos, no entanto, é considerado incalculável pela promotora de Paris, Laure Beccuau.
Os ladrões, disfarçados de funcionários, agiram durante o dia usando guindastes e motosserras para acessar a vitrine da Galeria Apollo, onde estavam as joias da coleção do imperador Napoleão III. Imagens da polícia francesa mostram os criminosos quebrando o vidro, pegando as peças e fugindo rapidamente.
O grupo conseguiu levar oito itens que continham diversas pedras preciosas, entre elas:
- Uma coroa com safiras e quase 2.000 diamantes, além de um colar com oito safiras do Sri Lanka e mais de 600 diamantes que pertenciam à rainha consorte Maria Amélia (a foto também exibe brincos e um broche, que não foram levados);
- Colar e brincos da imperadora Maria Luisa, segunda esposa de Napoleão Bonaparte, adornados com 32 esmeraldas e 1.138 diamantes;
- Um broche que contém 2.634 diamantes da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III. Esta peça foi adquirida em 2008 pelo Louvre por 6,72 milhões de euros (aproximadamente R$ 42,2 milhões);
- A coroa da imperatriz Eugênia, que foi recuperada horas após o roubo, embora estivesse danificada e abandonada em uma rua de Paris;
Um dos itens mais valiosos da galeria Apollo, um diamante de 140 quilates avaliado em US$ 60 milhões (aproximadamente R$ 377 milhões), não foi levado pelos criminosos.
Em 1911, a França já viveu um episódio similar, com o roubo da famosa obra Mona Lisa, que foi posteriormente recuperada. No caso atual das joias, há receio de que elas desapareçam definitivamente, caso não sejam encontradas em breve.
As autoridades de segurança francesa acreditam que o crime tenha sido executado por uma quadrilha altamente especializada, descartando a hipótese de amadores. Outra possibilidade considerada é que o roubo tenha sido motivado pelo valor monetário das pedras, independentemente de seu valor histórico ou cultural.