O governo argentino, comandado por Javier Milei, garantiu na noite da última sexta-feira (27/12) a aprovação do Orçamento para 2026, finalizando o ano com uma conquista significativa no Congresso. A proposta foi aprovada com uma ampla vantagem: 46 votos a favor, 25 contra e uma abstenção. O resultado superou as expectativas e contou com o apoio crucial de setores mais moderados da oposição.
Para alcançar esse resultado, o Executivo realizou diversos ajustes e articulações políticas nos últimos oito dias, após o projeto ter passado pela Câmara dos Deputados, onde enfrentou um revés importante na manhã de quinta-feira (18/12).
Na ocasião, o Capítulo 11, que previa a revogação das leis de emergência relacionadas à deficiência e ao financiamento da educação, foi rejeitado. O governo argumentou que manter essas regras colocaria em risco o compromisso com o equilíbrio fiscal.
Diante dessa situação, conforme informado pela imprensa local, a presidência argentina iniciou ainda na quinta-feira uma mobilização intensiva para superar as resistências e garantir os votos necessários. O presidente Javier Milei passou instruções, por meio do chefe de gabinete Manuel Adorni, aos membros da base governista envolvidos nas negociações parlamentares, a fim de fortalecer o apoio ao texto.
Após os acontecimentos na Câmara, o movimento libertário considerou a possibilidade de retirar o orçamento caso ele não fosse aprovado conforme a proposta do Executivo. Contudo, segundo fontes influentes da Casa Rosada relatadas ao jornal LA NACION, essa avaliação mudou rapidamente: a aprovação passou a ser vista como uma excelente notícia, evitando confrontos naquele momento, apesar de futuros embates em outras áreas ainda não estarem descartados.

