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segunda-feira, 17/11/2025




Jara segue para segundo turno no Chile com apoio da direita

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A vitoria de Jeannette Jara, candidata comunista, no primeiro turno das eleições no Chile, no domingo (16/11), teve um sabor misto. Apesar de ter ficado na frente, a ex-ministra do Trabalho do governo de Gabriel Boric enfrenta desvantagens no segundo turno contra José Antonio Kast, representante da direita.

Os dados mostram que os partidos de direita juntos alcançaram 52% dos votos, dando a Kast uma posição favorável para o próximo pleito marcado para 14 de dezembro. Jara ficou apenas três pontos percentuais à frente do rival, um desempenho inferior ao esperado.

Após a votação, Jara fez um apelo para que seus apoiadores se mantenham alertas. Ela criticou Kast por usar o medo como tática política e alertou sobre o avanço da direita. “Não permitam que o medo congele seus corações”, declarou. “O medo deve ser enfrentado com mais segurança para as famílias, não com soluções fantasiosas criadas por pessoas radicais que se escondem atrás de vidros blindados.” A referência foi ao comício de encerramento da campanha de Kast, em que ele falou protegido por vidro à prova de balas.

A eleição revelou uma forte divisão no Chile, com debates intensos sobre segurança pública, imigração e economia. Jara representa a ala progressista e conta com o apoio do atual governo, enquanto Kast conseguiu unir uma ampla coalizão da direita, incluindo figuras radicais como Johannes Kaiser e a tradicional líder Evelyn Matthei. O terceiro colocado, Franco Parisi, optou por não apoiar ninguém no segundo turno.

Kast, de 59 anos, tenta pela terceira vez conquistar a Presidência e adotou um discurso mais moderado nesta campanha, suavizando suas posições anteriores, elogiosas ao regime militar de Augusto Pinochet. Já Jara, de 51 anos, embora comunista, busca atrair eleitores moderados por meio de sua experiência no governo Boric e postura mais pragmática.

O vencedor das eleições tomará posse em 11 de março de 2026.




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