O Ministério da Defesa do Japão declarou que enviou aviões de caça da Força Aérea de Autodefesa do Sudoeste no sábado (15/11) após detectar um drone chinês entre a ilha de Yonaguni, localizada no sul do país, e Taiwan.
O movimento militar com aviões de caça e drones ocorre em um contexto de tensão entre os dois países, depois que ambos emitiram declarações sobre a independência de Taiwan.
O que está ocorrendo?
Na semana anterior, a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, foi questionada sobre ameaças à segurança nacional. Ela afirmou que um bloqueio naval chinês a Taiwan, caso envolva ações militares, poderia representar um perigo para a sobrevivência do Japão, que teria que recorrer à força para se proteger.
O comentário de Takaichi provocou duras críticas da China. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, declarou em entrevista coletiva que o Japão deve corrigir e pedir desculpas imediatamente pelo comentário.
Ele também acrescentou que o Japão precisa “parar imediatamente a interferência nos assuntos internos da China e cessar as ações e palavras provocativas e ofensivas”.
Nas redes sociais, o ministério relatou a identificação de um drone chinês que sobrevoava “a área entre a Ilha de Yonaguni e Taiwan” e, em resposta, “mobilizou os aviões de caça da Força Aérea de Autodefesa do Sudoeste”.
A mídia local informou que a China enviou cerca de quatro embarcações da guarda costeira para as águas territoriais do Japão no domingo (16/11), situação que o secretário-chefe do Gabinete, Minoru Kihara, classificou como uma “violação do direito internacional”.
Segundo Kihara, as embarcações chinesas são “realmente lamentáveis e inaceitáveis”. Os navios penetraram na região ao redor de Minamikojima.
No sábado, o governo chinês recomendou que os cidadãos evitem viagens ao Japão por um período próximo.
