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terça-feira, 23/09/2025

janela para o cérebro

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Pesquisadores dos EUA afirmam ter projetado um implante que cria uma ‘janela para o cérebro’ e permite que médicos vejam através do crânio – algo que pode abrir novas oportunidades de tratamento.

O dispositivo, descrito em um estudo na publicação científica Nanomedicine: Nanotechnology, Biology and Medicine, é feito com uma versão transparente de um material usado para implantes de quadril e é capaz de substituir uma pequena parte do crânio.

A equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Riverside diz que a novidade pode, no futuro, permitir que raios laser sejam mais eficientemente disparados dentro do cérebro, maximizando seus efeitos para tratar distúrbios neurológicos.

‘(O implante) é um primeiro passo crucial em direção a novos conceitos que estamos desenvolvendo, cujo objetivo é promover formas clinicamente viáveis para acesso visual ao cérebro, quando necessário, em áreas amplas, de forma recorrente, sem a necessidade de craniectomias (intervenção cirúrgica que retira parte do cérebro)’, diz o estudo.

Os pesquisadores explicam que tomografias e novos tratamentos a laser para pacientes vítimas de câncer ou derrames requerem cada vez mais acesso ao cérebro. No entanto, esse acesso costuma ser limitado, já que parte do crânio precisa ser removida e recolocada a cada intervenção médica.

Com o implante transparente, essa exigência deixaria de existir.

‘(O implante) é colocado sob o couro cabeludo, temporária ou permanentemente, e permite o uso de fibras óticas para distribuir laser a partes do cérebro mais superficiais ou profundas’, explicam os cientistas.

O material escolhido – zircônia estabilizada con ítria, usado em alguns implantes de cerâmica para quadris e para coroas dentárias – foi adaptado para se tornar transparente.

Segundo os cientistas, o material é seguro para implantes.

‘Neste caso, temos uma ideia que parece ficção científica, mas que se tornou fato científico, com grande potencial para impacto positivo nos pacientes’, diz o professor de engenharia mecânica Guillermo Aguilar, um dos autores do estudo.

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