O Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou nesta quinta-feira (18/9) uma nota oficial expressando apreensão em relação à Flotilha Global Summud, que está a caminho da Faixa de Gaza com o objetivo de estabelecer um corredor humanitário e romper o bloqueio israelense à assistência na região.
“O Governo brasileiro acompanha, com atenção, os deslocamentos da Flotilha Global Sumud, que atualmente navega pela região do Mediterrâneo com destino à Faixa de Gaza, transportando ajuda humanitária, e que conta com a participação de cidadãos brasileiros a bordo das diversas embarcações, incluindo parlamentares.
O Brasil solicita às autoridades israelenses que respeitem todas as normas do direito internacional e do direito humanitário vigentes, garantindo a segurança dos civis e das embarcações de natureza estritamente pacífica e humanitária”, afirmou o MRE em nota.
O comunicado também afirma que as embaixadas brasileiras na região foram orientadas a monitorar a situação e estão preparadas para oferecer suporte aos cidadãos brasileiros. A nota foi divulgada na íntegra para conhecimento público.
Na terça-feira (16/9), o governo brasileiro, juntamente com outros 15 países, já havia emitido um comunicado solicitando proteção à frota que navega em missão humanitária. Nos últimos dias, as embarcações têm sido alvo de ataques.
Ataques de drones
Nesta quinta-feira, o ativista brasileiro João Aguiar, que lidera a delegação brasileira na flotilha, concedeu entrevista ao Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, informando que mantém contato diário com o MRE.
João relatou que os ativistas a bordo ouvem drones todas as noites. “Há dois tipos de drones: os de vigilância e os armados. Todas as noites escutamos esses aparelhos monitorando nossa posição”, disse João.