Mario Draghi apresentou sua renúncia ontem e colocou o país em um limbo político
Analistas políticos dão como certo que a Itália antecipe as eleições para superar o atual imbróglio político, depois que o primeiro-ministro Mario Draghi apresentou sua renúncia durante o motim de um partido de coalizão.
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, rejeitou a renúncia de Draghi ontem, 14, e pediu a Draghi que se dirigisse ao Parlamento na próxima semana para obter uma imagem mais clara da situação política.
O governo de Draghi, foi curto, durou 18 meses e colapsou depois que o pelo Movimento 5-Estrelas boicotou uma moção de confiança parlamentar sobre os planos de Draghi para enfrentar o crescente custo de vida na Itália, argumentando que as políticas públicas foram insuficientes.
Somado a isso, o partido se viu dividido por uma cisão no mês passado.
Uma eleição nacional na Itália está prevista para o primeiro semestre de 2023 e a antecipação do pleito daria aos partidos pouco tempo para elaborar manifestos e preparar suas listas de candidatos.
Com as eleições antecipadas, Draghi poderia permanecer na função como interino, mas não seria capaz de elaborar um Orçamento para 2023 ou decretar reformas exigidas pela Europa em troca dos fundos de recuperação.