Israel Katz, ministro da Defesa de Israel, declarou neste domingo (19/10) que o grupo extremista Hamas enfrentará consequências severas por violar o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Ele alertou que, se o Hamas não entender a mensagem dos recentes ataques, a retaliação será ainda mais rigorosa.
O Exército de Israel confirmou ter realizado bombardeios contra militantes na área de Rafah, no sul de Gaza, justificando as ações como necessárias para eliminar ameaças e desmontar redes de túneis e instalações usadas para atividades terroristas.
O cessar-fogo entre Israel e Hamas havia sido estabelecido durante a semana com mediação dos Estados Unidos, Catar, Egito e Turquia. A primeira fase do acordo envolve a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, enquanto a segunda etapa ainda está em negociação, conforme informou o presidente dos EUA, Donald Trump, sem detalhar o plano.
Entretanto, o cessar-fogo enfrenta riscos após acusações mútuas de violações do acordo. O porta-voz do Exército israelense, Avichay Adraee, afirmou que o ataque foi uma resposta a repetidas transgressões do Hamas, incluindo ataques criminosos por membros do grupo.
Por outro lado, o Hamas negou conhecimento de incidentes em Rafah envolvendo Israel e reafirmou o cumprimento dos termos do cessar-fogo. O grupo alegou que perdeu contato com outros grupos na região desde o reinício do conflito em março e que não possui informações sobre suas condições atuais.
O Exército israelense anunciou ainda uma série de ataques intensificados no sul de Gaza, afirmando que as Forças de Defesa de Israel (IDF) iniciaram uma operação contra alvos do Hamas naquela área.
Até o momento, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, autorizou os ataques baseando-se na alegada violação do acordo pelo Hamas. Os principais mediadores do conflito ainda não se pronunciaram sobre a situação.