As Forças de Defesa de Israel iniciaram nesta quarta-feira (1°/10) a parada de embarcações da Flotilha Global Sumud, que tinha como objetivo levar ajuda humanitária à região de Gaza.
A flotilha é composta por ativistas, parlamentares e civis de 44 países, totalizando mais de 50 barcos, entre eles brasileiros. Em comunicado às 16h (horário de Brasília), o grupo informou que a comunicação com os tripulantes foi interrompida e que o estado de saúde deles é incerto.
As forças israelenses abordaram os navios da Flotilha Global Sumud, cortando contato e deixando a condição dos tripulantes desconhecida. Uma reação internacional urgente é necessária para a proteção e liberação dos envolvidos.
Um vídeo compartilhado nas redes sociais da organização, gravado pelo jornalista britânico-palestino Kieran Andrieu, mostra o momento da abordagem das autoridades israelenses a uma das embarcações.
É possível ouvir no vídeo uma voz ordenando: “Mãos para cima. Todos com as mãos para cima.”
Entre os barcos já parados está o ALMA, com a presença do brasileiro Thiago Ávila e da ativista sueca Greta Thunberg.
A deputada federal Érika Hilton (PSOL) informou que enviou um ofício ao Itamaraty, junto com o deputado Guilherme Boulos (PSOL), denunciando possíveis violações de direitos humanos contra os membros da missão.
“Solicitamos ao governo brasileiro que adote medidas diplomáticas para assegurar a libertação imediata dos integrantes da flotilha e seu retorno seguro ao Brasil.”, declarou a deputada em publicação no X (antigo Twitter).
Anteriormente, o governo brasileiro já havia condenado os ataques às embarcações e pedido garantia de segurança para os tripulantes.
Sobre a Flotilha
A frota partiu de Barcelona, Espanha, no dia 31 de agosto, com mais de 50 embarcações tentando levar ajuda para a população palestina. Entre os participantes, estão parlamentares brasileiros como a deputada federal Luiziane Lins (PT) e a vereadora de Campinas Mariana Conti (PSOL).
Em junho deste ano, uma missão humanitária semelhante tentou alcançar Gaza, porém foi bloqueada pelas Forças de Defesa Israelenses, que detiveram os participantes e os enviaram de volta para seus países de origem.