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terça-feira, 17/06/2025




Israel lança ofensiva forte que abala liderança do Irã

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O conflito entre Israel e o Irã no Oriente Médio segue em destaque nos jornais franceses. Na última terça-feira (17), o jornal Le Parisien levantou dúvidas sobre a capacidade do regime dos aiatolás, que governa o Irã há 46 anos desde a Revolução Islâmica de 1979, de resistir aos ataques de Israel.

Em apenas quatro dias da operação chamada Leão em Ascensão, o jornal francês observou que a estrutura militar que apoia o líder máximo iraniano, Ali Khamenei, foi seriamente abalada.

O veículo apresentou um organograma que mostra cinco oficiais das Forças Armadas e da Guarda Revolucionária iranianas diretamente abaixo de Khamenei. Destes, Israel eliminou três comandantes. Um grupo de 14 oficiais de nível secundário nas duas instituições de segurança teve seis membros mortos pelo Mossad, agência de inteligência externa de Israel.

No quinto dia do conflito, Israel anunciou a morte de Ali Shadmani, um comandante de alto escalão e próximo a Khamenei, após um ataque aéreo em Teerã. Algumas fontes do Exército de Israel indicam que líderes militares do Irã estariam deixando o país.

Essa operação, chamada Leão em Ascensão, ficará marcada como uma das ações mais notáveis da inteligência global, segundo o Le Parisien. Fontes de segurança do país relataram que o planejamento da missão pelo Mossad durou dois anos, com recrutamento de agentes em diversos setores da sociedade iraniana, prontos para serem acionados a qualquer momento. A forte insatisfação interna contra o regime islâmico do Irã contribuiu para formar essa rede de colaboradores.

Um caminho sem volta?

No editorial do Le Figaro, Israel é visto como iniciador de uma guerra que não pode perder. O jornal conservador sugere que, se o regime dos aiatolás sobreviver e manter parte de seu programa nuclear, Teerã não só reconstruirá sua capacidade de causar danos como sairá fortalecido, aprendendo com suas derrotas e limitações anteriores.

Por outro lado, o Irã teria se tornado ainda mais perigoso por estar sob pressão. Ao decidir não esgotar as possibilidades diplomáticas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu teria colocado sua principal jogada – a mais potente e também a mais arriscada – em prática de uma só vez.




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