O Exército de Israel iniciou novos ataques na Faixa de Gaza na noite de terça-feira (28/10), resultando em pelo menos 104 mortes, depois que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou uma ofensiva imediata, colocando em risco o cessar-fogo previamente estabelecido com o grupo Hamas.
De acordo com o Ministério da Saúde da Palestina, em Gaza, as ações militares causaram mais de 100 mortos e 253 feridos, entre os quais 78 crianças.
Ordem de Netanyahu
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu determinou que as Forças Armadas israelenses realizassem ataques urgentes na Faixa de Gaza. Estas ações desrespeitam o cessar-fogo intermediado pelos Estados Unidos.
Os ataques se dão em meio a crescentes tensões entre Israel e o Hamas, após o grupo palestino ter devolvido restos mortais de um refém israelense, já entregue anteriormente, sendo esta ação vista como uma infração ao acordo.
O Hamas justificou o atraso na entrega dos corpos de reféns israelenses alegando dificuldades para localizá-los entre os escombros em Gaza. Já Israel acusou o grupo de simular esforços para encontrar os corpos, configurando uma violação do acordo.
O Exército informou ter feito uma série de ataques que atingiram dezenas de alvos e integrantes do Hamas.
“As Forças de Defesa de Israel retomaram as incursões em resposta às transgressões do Hamas”, comunicaram as forças israelenses.
Segundo as forças de defesa, mais de 30 membros do Hamas responsáveis por comandos nas organizações terroristas dentro da Faixa de Gaza foram atingidos.
Apesar da quebra do cessar-fogo, Israel ressaltou que continuará comprometido com o acordo e responderá com firmeza a qualquer nova violação.
O Hamas, por sua vez, negou estar envolvido nos recentes incidentes com Israel e reafirmou sua adesão ao pacto de cessar-fogo, destacando o compromisso de respeitar o acordo estabelecido.