O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou que a região de Gaza está completamente devastada. Em uma postagem na rede social X, nesta terça-feira (16/9), confirmou que as Forças de Defesa de Israel começaram uma operação terrestre para assumir o controle da Cidade de Gaza.
De acordo com Katz, o objetivo principal é derrotar o grupo Hamas e resgatar reféns. Ele enfatizou que as forças não irão recuar até que a missão seja totalmente concluída.
Na noite da última segunda-feira (15/9), foram realizados ataques aéreos intensos sobre a Cidade de Gaza, seguidos pela entrada das tropas terrestres na área. Estima-se que cerca de 40% dos residentes fugiram em direção ao sul para escapar da violência.
O avanço das forças terrestres ocorreu um dia após reunião entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Fontes do governo israelense indicam que o presidente Donald Trump apoia a operação, desde que sua duração seja rápida.
Recentemente, Trump alertou que o Hamas pode estar usando reféns como escudos humanos em Gaza, o que qualificou como uma grave violação dos direitos humanos.
Conflito contínuo
Desde domingo (14/9), os bombardeios aéreos contra a Cidade de Gaza aumentaram, destruindo dezenas de edifícios residenciais e forçando ainda mais a população a sair da área. As autoridades israelenses afirmam que os ataques têm como alvo instalações terroristas.
Israel declarou que pretende capturar a cidade para eliminar a última base operacional do Hamas, que controla uma população de aproximadamente um milhão de pessoas.
No último período, o país também realizou um ataque em Doha, no Catar, contra líderes do Hamas, complicando as negociações de cessar-fogo mediadas por aquele país. O bombardeio gerou críticas internacionais, inclusive da ONU.
O conflito entre Israel e o Hamas teve início em outubro de 2023, após um ataque do grupo terrorista que resultou em mais de 1.200 vítimas mortais no sul de Israel. Em represália, as forças israelenses já causaram a morte de mais de 63 mil palestinos, a maioria civis, segundo autoridades locais de saúde.