O Ministério das Relações Exteriores de Israel comunicou nesta sexta-feira (3/10) que quatro cidadãos italianos foram expulsos do país, enquanto os demais ativistas detidos seguem em processo de deportação. Aproximadamente 42 embarcações da Flotilha Global Sumud foram interceptadas por navios e militares israelenses.
Na rede social X, o ministério declarou que “estão em curso os procedimentos para pôr fim à provocação Hamas-Sumud e concluir a deportação dos envolvidos nessa operação”.
Contexto
Israel bloqueou, na quinta-feira passada (2/10), mais de 40 barcos da Flotilha Global Sumud, que tinham a intenção de levar ajuda humanitária a Gaza.
O barco “Marinette”, último remanescente da flotilha, foi abordado às 10h29 (horário local, 4h29 em Brasília), a cerca de 68 km de Gaza, segundo informações da organização pelas redes sociais.
Mais de 400 ativistas em 41 embarcações foram detidos, dentre eles pelo menos 11 brasileiros.
O ministério afirmou ainda que “Israel está focado em finalizar essa operação rapidamente”.
O governo israelense exibiu imagens dos ativistas que chegaram ao país, incluindo Greta Thunberg, ressaltando que “todos estão em segurança e com boa saúde”.
Reações e detidos
Conforme comunicado oficial, “Israel, Itália, Grécia e o Patriarcado Latino de Jerusalém já declararam que qualquer auxílio que esses barcos transportassem poderia ter sido entregue pacificamente a Gaza. Trata-se de uma provocação”.
No barco Grande Blu estava a deputada Luizianne de Oliveira Lins (PT), que divulgou um vídeo programado anteriormente, alegando ter sido detida legalmente e autoritariamente pelas forças israelenses.
Na embarcação Sirius estava a vereadora Mariana Conti. O ativista brasiliense Thiago Ávila, que participou de edições passadas da flotilha, integrava a missão deste ano no barco Alma. Todos foram retirados à força pelos militares israelenses durante a operação.
Atuação do governo brasileiro
O governo brasileiro solicitou assistência consular para os 11 brasileiros detidos na embarcação que seguia para a Faixa de Gaza, conforme confirmação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.