Na terça-feira (2/9), Israel chamou 40 mil reservistas para fortalecer seu exército, preparando-se para um novo ataque na Cidade de Gaza, onde ocorre um conflito intenso contra o grupo Hamas que dura quase dois anos.
O exército está organizando essas tropas com treinos e preparações para operações de combate e mobilizações em grande escala, conforme comunicado oficial.
O primeiro grupo desses reservistas já está se reunindo para iniciar os treinamentos, focados em lutas tanto em áreas urbanas quanto em localidades abertas, de modo a garantir que estejam prontos para missões futuras.
Enquanto isso, os bombardeios em Gaza continuam. Nesta terça, 56 pessoas perderam a vida em ataques aéreos, segundo a Defesa Civil Territorial, que presta socorro sob o controle do Hamas.
O exército israelense está analisando as circunstâncias dessas mortes, embora reconheça a dificuldade em obter informações precisas dada a complexidade do cenário.
Devido ao difícil acesso dos jornalistas à região, as informações são difíceis de confirmar de forma independente. Imagens captadas em Tel el-Hawa, bairro ao sul da Cidade de Gaza, mostram socorristas do Crescente Vermelho retirando o corpo de uma menina coberto de poeira dos escombros.
“Estávamos em casa dormindo e fomos acordados pelo som dos bombardeios e da destruição. Encontramos muitos vizinhos mortos ou feridos”, relatou Sanaa al-Dreimli, residente local, à AFP.
Apesar das pressões nacionais e internacionais para o fim do conflito, que causou uma grave crise humanitária em Gaza, o governo autorizou o exército a continuar a ofensiva na Cidade de Gaza. O objetivo é destruir o Hamas e resgatar os reféns mantidos na região.
As Nações Unidas estimam que cerca de um milhão de habitantes vivem na Cidade de Gaza e sua região próxima, onde foi declarada uma situação de fome.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, autorizou a convocação de até 60 mil reservistas para a operação. Muitos deles estão retornando ao serviço pela quarta ou quinta vez desde o início do conflito, após o ataque do Hamas em território israelense em 7 de outubro de 2023.