Israel deu início a uma operação militar com o objetivo de tomar o controle da Cidade de Gaza, que é o principal centro urbano do território palestino na região do enclave. A confirmação veio do porta-voz do Exército israelense, brigadeiro general Effie Defrin, na quarta-feira, 20 de agosto.
De acordo com o general, as tropas das Forças de Defesa de Israel (FDI) já chegaram às proximidades da cidade apenas algumas horas depois que o governo autorizou o plano de ocupação. Para essa missão, aproximadamente 60 mil reservistas foram chamados para reforçar as operações militares.
Defrin descreveu a Cidade de Gaza como um ‘centro de terror tanto governamental quanto militar’ do Hamas. Ele afirmou que a ação visa aumentar os danos às infraestruturas usadas para fins terroristas, tanto na superfície como subterrâneas, além de reduzir a dependência da população local em relação ao Hamas.
Os palestinos que permanecerem na área serão deslocados para regiões mais afastadas das zonas de conflito ativo, conforme comunicado do Exército.
Segundo o governo liderado por Benjamin Netanyahu, a operação tem como objetivo eliminar remanescentes do Hamas na Cidade de Gaza. Apesar de aprovada pela segurança nacional, a medida tem sido alvo de críticas por parte da comunidade internacional.
Enquanto as FDI se preparam para intensificar a ofensiva, negociadores aguardam o posicionamento israelense sobre uma proposta recente de cessar-fogo na região. Essa trégua contempla uma pausa de 60 dias nos combates, a libertação de prisioneiros e a retirada das forças israelenses do enclave, tendo sido aceita pelo Hamas, porém sem resposta oficial até o momento por parte de Israel.
Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, mais de 60 mil palestinos perderam a vida na Faixa de Gaza. Muitos sofreram com a escassez de alimentos resultante do bloqueio que dificulta o ingresso de ajuda humanitária ao território.