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sexta-feira, 07/11/2025




Israel ataca região sul do Líbano e aumenta tensão com grupo Hezbollah

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O Exército de Israel realizou novos ataques aéreos na região sul do Líbano nesta quinta-feira (6/11), visando o que classificou como “infraestruturas militares” do Hezbollah, organização político-militar apoiada pelo Irã. Conforme relatado pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), os bombardeios empregaram aviões e drones com o objetivo de atingir unidades responsáveis pela restauração da capacidade militar do grupo.

O comando israelense informou que foram emitidas ordens para que moradores desocupem diversas cidades e vilas na área afetada. Durante a operação, pelo menos uma pessoa foi fatalmente atingida. Essa ação ocorre apesar do cessar-fogo estabelecido há um ano entre os envolvidos. O Exército indicou que o Hezbollah está tentando reconstituir suas rotas de abastecimento e pontos de comando que foram destruídos durante o conflito de 2024.

A inteligência israelense aponta que o grupo conseguiu recuperar parte do seu sistema de suprimentos com armamentos provenientes do Irã e continua o treinamento de milícias no sul do Líbano. Em declaração oficial, Tel Aviv acusou o governo libanês de “evitar confrontos diretos” com o Hezbollah, em meio à crise política que o país enfrenta desde o término da guerra.

Contexto do acordo de cessar-fogo

O cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos e pela Organização das Nações Unidas estabeleceu que as Forças Armadas libanesas seriam a única força militar ativa no sul do Líbano e que o Hezbollah deveria fazer a entrega gradual de seus armamentos até o final deste ano. Contudo, o governo local tem encontrado resistência do grupo, que sustenta que o acordo é válido apenas para a região da fronteira.

No último domingo (2/10), em entrevista à TV Al-Manar, o secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, rejeitou a ideia de desarmamento e acusou Israel e os Estados Unidos de buscarem impor condições políticas. “A posse de armas faz parte do nosso direito legítimo para defender a pátria e sua existência”, afirmou.

Também no final de semana, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que não aceitará o rearmamento do Hezbollah nem permitirá que o Líbano se transforme em um novo campo de batalha contra sua nação.

“Com relação ao Líbano, o Hezbollah enfrenta baixas constantes, mas tenta se rearmar e se recuperar. Esperamos que o governo libanês cumpra o compromisso de desarmar o Hezbollah. Exercemos nosso direito à autodefesa e agiremos conforme necessário”, declarou o premiê em comunicado oficial do seu gabinete.

Por meio de uma carta aberta divulgada nesta quinta-feira, o Hezbollah reafirmou que não abrirá negociações enquanto o país estiver sofrendo agressões. “Israel não respeitou o acordo que estabeleceu a suspensão das hostilidades e tenta impor suas condições por meio de chantagem e violência”, expressou o documento.




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