As Forças de Defesa de Israel (FDI) declararam na terça-feira (26/8) que o bombardeio contra o hospital Nasser teve como objetivo eliminar uma câmera que, segundo eles, era usada pelo Hamas. A ação realizada na segunda-feira (25/8) resultou na morte de pelo menos 20 pessoas.
O relatório detalha que o dispositivo era suspeito de observar as atividades das forças israelenses e facilitar ataques terroristas contra elas. Além disso, as FDI afirmaram ter abatido cinco integrantes do Hamas e um da Jihad Islâmica Palestina durante esse ataque.
Na mídia de Israel, a razão para o ataque ao hospital em Gaza já tinha sido divulgada. Sem apresentar evidências concretas, os canais 12 e 14 relataram que a câmera, identificada com a ajuda de um civil israelense, foi a causa principal dos bombardeios na instituição localizada na cidade de Khan Younis.
Durante a operação, cinco jornalistas da Al Jazeera e Reuters foram mortos enquanto tentavam resgatar vítimas do primeiro bombardeio no hospital de Nasser.
Controvérsias
Após a publicação desta investigação inicial, Ramy Abdu, presidente do Monitor Euro-Mediterrânico dos Direitos Humanos (EMHRM), contestou as alegações feitas pelas FDI.
Segundo Abdu, o equipamento apresentado como câmera do Hamas pertencia ao fotógrafo da Reuters Hossam al-Masry, que foi morto no bombardeio.
Além disso, o EMHRM contradiz a classificação de Imad Abdel Karim al-Shaer como um terrorista entre os seis mortos, afirmando que ele trabalhava como motorista de caminhão de bombeiros na Faixa de Gaza, sem vínculos com o Hamas.