Horas antes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, receber o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para uma reunião na Casa Branca, em Washington (EUA), Israel lançou novos ataques na Faixa de Gaza.
Segundo o portal árabe All Jazeera, que cobre o conflito em Gaza, 190 pacientes foram retirados da região para receber tratamento devido às ofensivas israelenses na área residencial e à grave crise humanitária. Essa informação foi divulgada pela Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) na rede social X.
“Na manhã de hoje, equipes do Crescente Vermelho, em conjunto com a Organização Mundial da Saúde, acompanharam os pacientes até a travessia, onde iniciaram a transferência primeiro para a Jordânia e depois para a Grã-Bretanha e outros países europeus para concluir o tratamento. Entre esses pacientes, encontram-se pessoas com câncer e outras com ferimentos graves”, informou a entidade.
De acordo com o Escritório de Direitos Humanos da ONU, desde 16 de setembro foram registrados 17 ataques israelenses em ou perto de instalações de saúde na Cidade de Gaza. Israel mantém sua ofensiva na maior cidade da região, o que resultou na morte de pelo menos 50 palestinos nas últimas 24 horas.
A reunião entre Trump e Netanyahu tem o objetivo de discutir um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza. O encontro acontece poucos dias após o presidente norte-americano apresentar um plano com 21 pontos para encerrar o conflito, durante reuniões com líderes árabes e muçulmanos na Assembleia Geral da ONU.
O acordo proposto inclui o fim permanente das hostilidades e garantiria a libertação dos 48 reféns israelenses ainda em custódia (dos quais 20 podem estar vivos). Israel exige que o Hamas desarme e deixe o controle da região, como Netanyahu declarou diversas vezes em seu discurso na ONU.
Em entrevista à Fox News, Netanyahu evitou confirmar apoio direto ao acordo, mas afirmou que Israel está avaliando a proposta em colaboração com a Casa Branca.