A situação entre Israel e Irã se agravou novamente no quinto dia consecutivo de hostilidades, com novos ataques registrados na terça-feira (17/6). Segundo o Exército de Israel, Ali Shadmani, chefe do Estado-Maior do Irã, foi morto durante uma ofensiva aérea contra um centro de comando em Teerã.
O comando militar iraniano ressaltou que Ali Shadmani era figura de destaque, estando muito próximo do líder máximo iraniano, Ali Khamenei.
Contexto do conflito
Na quinta-feira, 12 de junho, as Forças de Defesa de Israel lançaram uma operação preventiva contra o programa nuclear do Irã. Antes desse ataque, o governo israelense já expressava forte oposição e ameaças ao regime dos aiatolás, especialmente contra o programa nuclear do país persa.
O avanço do Irã no campo nuclear tem sido motivo de preocupação internacional e encarado por Israel, potência nuclear, como um risco à sua segurança nacional.
A rivalidade histórica entre as duas nações se intensificou com o ataque, provocando maior instabilidade no Oriente Médio.
Detalhes sobre Ali Shadmani
Ali Shadmani assumiu o cargo de chefe do Estado-Maior após o assassinato, na semana anterior, de Gholamali Rashid, também realizado pelo Exército israelense. Ele liderava o Quartel-General Central de Khatam al-Anbiya.
De acordo com as forças armadas israelenses, Shadmani comandava o centro de operações de emergência e supervisionava tanto o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) quanto o exército regular iraniano.
O centro de comando sob sua liderança era responsável por coordenar operações militares e aprovar estratégias de combate do Irã.
As Forças de Defesa de Israel destacaram que sua eliminação representa um golpe significativo para a liderança militar do Irã, comprometendo a estrutura de comando das forças armadas daquele país.
Novos ataques e reações
Na manhã e madrugada desta terça-feira, o general israelense Effie Defrin relatou que cerca de 30 mísseis foram lançados contra Israel, com a maioria sendo interceptada, embora alguns tenham causado danos.
A mídia iraniana noticiou que o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmaeil Baqaei, declarou que os ataques israelenses violam normas internacionais e padrões estabelecidos, e solicitou que o secretário-geral da ONU, António Guterres, junto ao Conselho de Segurança, intervenham para cessar as hostilidades e ameaças na região.