Israel comunicou que os três corpos entregues pela Cruz Vermelha, originários de Gaza na noite de sexta-feira (31/10), não correspondem aos reféns sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.
Um representante militar de Israel já havia sugerido, no momento da transferência dos corpos, que estes provavelmente não eram dos reféns.
Até o presente momento, o grupo islâmico palestino devolveu 17 dos 28 corpos dos reféns falecidos, conforme acordo de trégua intermediado pelos Estados Unidos. Destes, 15 eram israelenses, enquanto um era tailandês e outro nepalês.
O acordo de cessar-fogo estipulou que a cada israelense devolvido, Israel entregaria 15 corpos de palestinos mortos no conflito, somando 225 restos mortais transferidos.
Após o início do cessar-fogo, o Hamas libertou os 20 reféns sobreviventes e iniciou a devolução dos corpos dos falecidos.
Os constantes atrasos na entrega dos corpos geraram insatisfação do governo israelense, que acusou o Hamas de descumprir o acordo. Familiares dos reféns solicitaram medidas mais rigorosas para garantir o cumprimento do pacto pelo grupo palestino.
Existem ainda dez corpos retidos em Gaza desde o sequestro de 7 de outubro, juntamente com o de um soldado israelense morto na guerra de 2014. A maioria das vítimas são israelenses, com exceção de um tanzaniano e um tailandês.
Paralelamente, Israel conduziu dois grandes bombardeios em Gaza desde 10 de outubro em resposta a ataques que resultaram na morte de três soldados israelenses. Fontes palestinas relatam que os bombardeios em 19 de outubro causaram pelo menos 45 mortes, enquanto o ataque da terça-feira resultou em 104 vítimas.
O Hamas, por sua vez, nega responsabilidade pelos disparos contra os soldados israelenses e acusa Israel de violar o cessar-fogo.
