As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram neste dia 17 de setembro a criação de uma rota temporária ao longo da estrada Salah al-Din. Essa via permitirá que residentes saiam da Cidade de Gaza, onde uma ofensiva terrestre intensa está em curso, marcando uma escalada no conflito na principal cidade do território palestino.
Conforme comunicado do porta-voz do Exército de Israel, Avichay Adraee, esse corredor temporário visa facilitar a movimentação segura de civis para áreas ao sul.
A rota permanecerá aberta durante 48 horas, de quarta-feira até sexta-feira, 19 de setembro.
Contexto do conflito entre Israel e Hamas
A situação alimentar na Faixa de Gaza vem ficando cada vez mais crítica, em meio aos prolongados confrontos entre Israel e o grupo Hamas. O território encontra-se sob rigoroso cerco, enquanto as forças israelenses conduzem uma operação de grande escala para conquistar o último reduto significativo do Hamas na região.
O Hamas declarou ter aceitado uma proposta de cessar-fogo feita pelos mediadores do Egito e Catar, que prevê uma pausa de 60 dias nas ações militares e a troca de metade dos reféns israelenses pelos prisioneiros palestinos. Até o momento, o governo de Israel não se manifestou a respeito.
Após encontro do Hamas em Doha, Catar, para negociações de cessar-fogo, houve ataques israelenses contra membros do grupo presentes na cidade.
O porta-voz Adraee orienta que a movimentação de civis deve ocorrer exclusivamente pelas vias marcadas em amarelo no mapa oficial, direcionando o deslocamento para o sul.
A ofensiva militar na Cidade de Gaza integra a Operação Carruagens de Gideão II, cujo objetivo é eliminar militantes e desmantelar infraestrutura usada por organizações terroristas na região, segundo informações do Exército israelense. Em dois dias, mais de 150 alvos foram atingidos.
Situação dos hospitais em Gaza
Na mesma data, o Ministério da Saúde da Palestina denunciou que as forças de Israel impediram tentativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) de abastecer hospitais na província de Gaza com combustível.
De acordo com o órgão, a restrição da ocupação tem afetado a entrega de combustível para o Complexo Médico Al-Sahaba, o Hospital de Serviço Público, a central de oxigênio, ambulâncias e outras unidades hospitalares, colocando em risco seu funcionamento em poucos dias.