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domingo, 21/12/2025

Isolamento aumenta para Eduardo Bolsonaro após avanço de denúncia no STF

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Em Brasília

A primeira turma do Supremo Tribunal Federal decidiu aceitar a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República contra Eduardo Bolsonaro. Ele é acusado de tentar pressionar ministros do STF para impedir o julgamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A PGR diz que Eduardo Bolsonaro, que mora nos Estados Unidos desde março, tentou impor sanções ao Brasil e a autoridades brasileiras para interferir no julgamento do ex-presidente, que está sendo acusado de tentativa de golpe.

O ministro relator, Alexandre de Moraes, afirmou que existem fortes indícios de que as ações do deputado buscavam criar instabilidade para forçar os ministros a votarem a favor de seu pai, o que seria uma forma de interferência em processo judicial.

Na denúncia, são citados exemplos como a suspensão de vistos americanos de ministros do STF e seus familiares, tarifas impostas pelo governo americano e a possível aplicação da lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes.

Segundo o processo, Eduardo também recusou advogado próprio e contato com a Defensoria Pública, tentando parecer que seria julgado sem defesa.

O resultado dessas ações é um isolamento crescente de Eduardo Bolsonaro, tanto físico quanto político. Poucos aliados o defendem devido a conflitos com colegas, o centrão, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que pode ser candidato presidencial no lugar de Jair Bolsonaro.

Alguns defendem manter distância por causa da repercussão negativa e das perdas sofridas pela direita devido à atuação de Eduardo nos Estados Unidos. A oposição tenta se reerguer sem depender dos Bolsonaro, vendo o projeto Antifacções como uma alternativa.

A retomada das relações diplomáticas entre os governos de Lula e Trump também diminui a influência de Eduardo, que antes se apresentava como único interlocutor com a Casa Branca.

Por fim, a situação de Eduardo Bolsonaro está mudando os planos da direita para as próximas eleições. Inicialmente, ele poderia disputar o Senado por São Paulo, mas a oposição já considera outras opções e não garante que ele volte ao Brasil. Se condenado, pode ficar inelegível para 2026.

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