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segunda-feira, 23/06/2025




Isenção de Taxas para Comunidades Tradicionais é Aprovada

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Em Brasília

Meire Serafim recomendou a aprovação do texto com modificações. A Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que isenta comunidades ribeirinhas tradicionais e pescadores do pagamento de encargos patrimoniais, como foro, laudêmio e taxa de ocupação, sobre imóveis da União que ocupam. A isenção não depende da renda familiar.

Esses encargos são cobrados principalmente em imóveis da União localizados em orla marítima, margens de rios e terrenos públicos ocupados por particulares.

De acordo com a proposta, são consideradas comunidades tradicionais aquelas que se reconhecem como tal, possuem organização social própria e dependem do uso de territórios e recursos naturais para manter seus modos de vida, cultura, fé, ancestralidade e economia, baseando-se em saberes transmitidos por gerações.

Atualmente, a isenção se aplica apenas para pessoas carentes ou de baixa renda, conforme o Decreto-lei 1.876/81, que regulava normas sobre isenção de foro, taxas e laudêmios.

A proposta permite que a União delegue a estados e municípios a tarefa de comprovar a tradicionalidade das comunidades.

O texto aprovado é um substitutivo da deputada Meire Serafim (União-AC) ao Projeto de Lei 3223/24, do deputado Dorinaldo Malafaia (PDT-AP). O projeto original não definia o que caracteriza uma comunidade tradicional.

Meire Serafim destacou que vincular a isenção à renda pode prejudicar comunidades que, com práticas tradicionais sustentáveis, conseguem melhorar suas condições de vida. “A proposta busca garantir que esse avanço social e econômico não resulte na perda de direitos e benefícios”, afirmou.

Próximos passos incluem a análise pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para que a proposta vire lei, ela precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.




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