Detidos em 2022 por movimentarem milhões com distribuição de cocaína, os Gilmar e Gilberto Ribeiro, conhecidos como os “Irmãos do Pó”, foram sentenciados pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) a penas de 26 e 31 anos de prisão, respectivamente.
Os irmãos foram capturados durante a Operação Sistema, realizada pela Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) em cooperação com o Ministério Público local.
Junto ao chamado “Rei de Telebrasília”, que liderava um grupo na Vila Telebrasília, eles integravam uma organização complexa e estruturada que financiava, transportava, armazenava e distribuía centenas de quilos de cocaína. Por três anos, a investigação mapeou a quadrilha que fornecia grandes traficantes do Centro-Oeste.
Gilmar foi condenado a 26 anos, 3 meses e 4 dias em regime fechado, tendo também uma multa de 1.773 dias-multa. Já Gilberto recebeu pena de 31 anos, 11 meses e 3 dias, com multa de 2.094 dias-multa.
A organização criminosa operava em duas bases principais. O primeiro núcleo, sediado na Vila Telebrasília, era supostamente comandado por Stefânio do Vale, conhecido como o “Rei” da região, enquanto o segundo era liderado pelos “Irmãos do Pó”, que dirigiam as ações a partir de Samambaia.
Os carregamentos de drogas vinham do Mato Grosso do Sul e eram escoltados por batedores para evitar bloqueios policiais, chegando em caminhões até uma fazenda rural em Uruaçu, Goiás. Ali, a cocaína era dividida e redistribuída para traficantes de grande e médio porte da capital federal e também enviada para outros estados do Centro-Oeste e Sudeste.
Durante o tempo de operação, os criminosos movimentaram aproximadamente R$ 10,4 milhões, chegando a transportar até 300 quilos de cocaína em uma única carga.