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quinta-feira, 26/06/2025




Irã vai suspender cooperação com agência nuclear da ONU

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Em Brasília

Abdollah Nekounam, embaixador do Irã no Brasil, confirmou que o país interromperá temporariamente a colaboração com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU responsável pela supervisão nuclear.

Essa suspensão, conforme a Carta da ONU, ocorre devido a violações da integridade territorial iraniana, preocupações com a segurança dos cientistas locais e incidentes recentes durante o período.

Na segunda-feira (23/6), com a tensão crescente envolvendo os Estados Unidos, o Comitê de Segurança Nacional do Parlamento do Irã aprovou um projeto de lei propondo a suspensão total da cooperação com a AIEA. Esta medida prevê o término da instalação de câmeras, inspeções e envio de relatórios para a agência.

As operações só serão retomadas quando a segurança dos locais nucleares do Irã estiver garantida, conforme avaliação de Teerã. O projeto ainda aguarda aprovação final no plenário do Parlamento.

Mohammad Baqer Qalibaf, presidente do Parlamento, reiterou o caráter pacífico do programa nuclear iraniano e criticou a politização da AIEA, citando um decreto do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, que proíbe a fabricação de armas nucleares.

No domingo (22/6), o Parlamento iraniano aprovou a medida para fechar o Estreito de Ormuz, rota essencial para o transporte de cerca de 20% do petróleo mundial e mais de 35% do Gás Natural Liquefeito (GNL). A decisão responde aos ataques aéreos norte-americanos contra instalações nucleares do Irã.

A iniciativa ainda necessita da aprovação do Conselho de Segurança Nacional e do líder supremo, Ali Khamenei.

O Estreito de Ormuz é uma via marítima crítica, controlada em grande parte pelo Irã e usada para exportar petróleo e GNL de países como Iraque, Arábia Saudita, Kuwait, Bahrein, Catar e Emirados Árabes Unidos. A maioria dessas exportações destina-se a nações asiáticas, incluindo China, Índia, Japão e Coreia do Sul, enquanto o restante segue para a União Europeia.




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