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sexta-feira, 27/06/2025




Irã pode sair do Tratado de Não Proliferação, alerta Macron

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Emmanuel Macron, presidente da França, fez um alerta significativo nesta quinta-feira (26) sobre a possibilidade de o Irã abandonar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), considerando isso como a pior consequência possível após os recentes ataques dos Estados Unidos às instalações atômicas do país.

Em meio a debates sobre os impactos dos ataques americanos nas unidades de Natanz, Isfahan e Fordo, Macron afirmou que as ações americanas tiveram um impacto real durante uma cúpula europeia realizada em Bruxelas.

Ele ainda realçou o perigo de o Irã se desvincular do TNP, classificando tal ato como um enfraquecimento coletivo do tratado.

Para proteger o tratado, Macron planeja conversar nos próximos dias com os demais membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, começando pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com quem já manteve contato.

Além da França e dos Estados Unidos, os outros membros permanentes são China, Rússia e Reino Unido, todos potências nucleares.

Macron enfatizou a importância de uma convergência de opiniões para impedir que o Irã avance em atividades nucleares que violem o tratado.

Durante a conversa com Trump, o presidente francês compartilhou informações obtidas em diálogos recentes com o governo de Teerã.

O ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, reconheceu que as instalações nucleares do país sofreram danos consideráveis após os conflitos recentes com Israel e os ataques americanos, mas afirmou que não existem planos imediatos para retomar negociações com Washington.

Isso contradiz declarações anteriores de Donald Trump sobre possíveis conversações na semana seguinte.

O Irã aderiu ao Tratado de Não Proliferação em 1970, comprometendo-se a declarar suas matérias nucleares à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). No entanto, recentemente, o país expressou insatisfação com a AIEA, acusando-a de atuar como um aliado de Israel.

A AIEA criticou o Irã por não cumprir as obrigações relacionadas ao seu programa nuclear logo antes de Israel iniciar ataques em 13 de junho, citando preocupações sobre a proximidade do Irã à fabricação de armas atômicas.




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