O governo do Irã anunciou que não pretende iniciar negociações diplomáticas ou buscar a paz com Israel enquanto os ataques militares contra o país estiverem em andamento. A declaração foi feita pelo chanceler iraniano, Abbas Araqchi, durante um encontro com autoridades europeias na cidade de Genebra, na Suíça, na sexta-feira, 20 de junho.
Conflito entre Israel e Irã
Após diversas ameaças, Israel lançou uma operação que chamou de ‘ataque preventivo’ visando desmantelar o programa nuclear iraniano. O objetivo principal dessa ação, de acordo com o governo israelense, é impedir que o Irã desenvolva uma arma nuclear.
Em resposta, o Irã mobilizou um grande ataque usando drones e mísseis contra o território israelense. No sábado, 14 de junho, o premiê Benjamin Netanyahu reafirmou que os ataques devem continuar, prometendo atingir todas as bases iranianas.
Relatos indicam que parte do programa nuclear do Irã já sofreu danos com os ataques, mas impactos mais profundos ainda dependem do uso de bombas ou da intervenção direta dos Estados Unidos, que tem sido solicitada pelo governo israelense.
Abbas Araqchi afirmou que o único caminho para retomar negociações de paz envolve que Israel responda pelos ‘crimes cometidos’ e cesse os ataques, que já duram oito dias. Além disso, o Irã destacou que seu programa nuclear possui finalidades pacíficas e afirmou que continuará exercendo o direito de defesa legítima.
Encontro em Genebra
A reunião na Suíça contou com a presença dos ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, França, Alemanha e da alta representante da União Europeia para Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas.
Embora não tenham sido alcançados resultados imediatos, o ministro das Relações Exteriores do Irã declarou que o país está aberto a futuras conversas com esse grupo de nações, conhecido como E3.